O implante dentário é uma estrutura de titânio, que através de cirurgia é colocado no osso, para substituir a raiz do dente. Em torno de 4 meses após sua instalação, haverá uma integração do osso e implante, ocorrendo o que é denominado de osseointegração, ou seja, formação óssea ao redor do implante.
É necessário fazer um estudo prévio através de exames clínico, radiográfico, tomográfico, laboratorial, modelos de estudo e em alguns casos prototipagem (que são bio modelos de resina, plástico ou cerâmica, entre outros, que reproduzem estruturas anatômicas em tamanho real, a partir de exames de imagem, que permitem a visualização tridimensional em casos complexos, possibilitando melhor planejamento pré-operatório, simulação da cirurgia e redução do tempo cirúrgico), para avaliar a possibilidade de colocação de um implante, pois para tal, é necessário ter altura, espessura e qualidade óssea adequadas, além de um bom estado de saúde geral do paciente.
Em alguns casos é possível fazer extração de dentes e colocação de implantes na mesma cirurgia, são os denominados implantes imediatos. O resultado final deve ser uma prótese estética, que cumpra adequadamente sua função mastigatória sobre implantes osseointegrados.
Em pacientes que:
• Perderam um ou mais dentes por acidentes, fraturas ou destruição por cárie
• Apresentam doença periodontal com consequente perda dos elementos dentais
• Queiram substituir próteses parciais ou totais removíveis por próteses fixas
• Apresentam pouco suporte ósseo, e os implantes são a opção para fixação de prótese total
• Queiram evitar desgastes de dentes hígidos (sadios) para colocação de próteses fixas
Em pacientes:
• Com má higiene oral
• Fumantes
• Que não tenham suficiente suporte ósseo em altura, espessura e qualidade
• Que apresentam doenças sistêmicas, que impeçam ou prejudicam a adequada formação óssea ao redor dos implantes e cicatrização dos tecidos moles, por exemplo diabetes
• Que não tenham um bom estado geral de saúde para passar por cirurgia
• Que fazem ou fizeram (o efeito pode ser cumulativo) uso dos bisfosfonatos, por interferirem na formação óssea, havendo possibilidade não só de não ocorrer a osseointegração, como também de ocorrer osteonecrose, definida como a presença de osso exposto, não cicatrizado na mandíbula ou maxila.
O assunto ainda é controverso. Há a necessidade da realização de pesquisas e estudos sobre o tema.
São feitos para a complementação da quantidade insuficiente de osso, na área onde serão realizados os implantes. Podem ser:
Quando o osso é retirado do próprio paciente:
• maxila, mandíbula: que são limitados em termo de quantidade a ser retirada;
• ilíaco, calota craniana: removidos em cirurgias realizadas em ambiente hospitalar, em casos de grandes perdas ósseas.
Quando o osso é retirado de doadores humanos, comumente osso de cadáver, que recebe um tratamento adequado para torná-lo estéril.
Quando o osso é retirado de animais, usualmente bovinos e suínos.
Tem origem sintética e são biocompatíveis.
Podem ser hidroxiapatitas derivadas de algas, corais, fosfato de cálcio, sulfato de cálcio, colágeno e polímero.
Podem também serem sintetizados a partir de osso bovino.
É o plasma rico em plaquetas, obtido pela centrifugação do sangue colhido do paciente antes da cirurgia.
É utilizado junto com o osso, formando o enxerto. O PRP acelera a formação óssea e a cicatrização.
A eleição de cada tipo de enxerto é determinada pela necessidade de cada caso.
São colocadas após a cirurgia, fixas em dentes vizinhos, não havendo aplicação de carga mastigatória sobre o implante durante 4 meses, período que ocorre a osseointegração.
São próteses que podem ser confeccionadas em poucos casos, que tenham os pré-requisitos necessários, para que os implantes possam suportar cargas mastigatórias funcionais imediatamente após a cirurgia.
São prótese cimentadas ou aparafusadas sobre os implantes.
São próteses totais (dentaduras) fixas em pelo menos 4 implantes. Só podem ser removidas pelo dentista, o que deve ocorrer periodicamente para higienização.
São próteses totais (dentaduras) fixadas em pelo menos 2 implantes que podem ser removidas e recolocadas.
Paciente que apresentava grande perda óssea na região de molares superiores, consequentemente com quantidade óssea insuficiente para colocação de implantes.
Após adequado planejamento conforme descrito acima, foram realizadas três cirurgias.
Quantidade óssea insuficiente para instalação de implantes.
Levantamento de assoalho de seio maxilar com enxerto bovino e PRP e instalação de dois implantes na região dos pré-molares superiores esquerdos.
Levantamento de assoalho de seio maxilar com enxerto bovino e PRP do lado direito e instalação de dois implantes na região dos molares superiores esquerdos, onde foi feito o enxerto na 1ª cirurgia, e instalação de quatro implantes no lado direito da mandíbula.
Instalação de implante na região de pré-molar superior direito, onde foi feito o enxerto.
Já instalados todos os implantes mais as próteses sobre implantes.